quarta-feira, 26 de dezembro de 2007



A Xana....

A minha gata....

A minha companheira... muitas vezes enquanto escrevo....

Tinha que lhe fazer esta homenagem....

domingo, 23 de dezembro de 2007

Senti-o chegar.
Entre o vento que soprava e as folhas que bailavam na sua derradeira queda, ele apareceu.
Apareceu timidamente.
Entre luzes e fitinhas, cheiro a canela e calor, entre risos e muito amor, eís que ele aparece.
Não vem acompanhado de manto branco...apenas e só do seu eterno amigo vento.
Apareceu ele assim...timidamente.
É assim há anos, mas, para mim, continua a ser sempre uma surpresa... como se fosse a primeira vez.
Então, abro-lhe a porta e deixo-o entrar.
Ele a pouco e pouco funde-se e confunde-se connosco, numa agradável comunhão, a que todos gostam de chamar Natal.
Para todos os que amo...
FELIZ NATAL
Liliana Matos
23 de Dezembro de 2007

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Se fosse vivo adoraria conhecê-lo...como tal não é possível, vou "conhecendo-o" pelos seus magníficos textos...
E identifico-me a cada palavra sua...
Este que se segue é um bom exemplo disso
Nas grandes horas em que a insónia avulta
Como um novo universo doloroso,
E a mente é clara com um ser que insulta
O uso confuso com que o dia é ocioso,
Cismo, embebido em sombras de repouso
Onde habitam fantasmas e a alma é oculta,
Em quanto errei e quanto ou dor ou gozo
Me farão nada, como frase estulta.
Cismo, cheio de nada, e a noite é tudo.
Meu coração, que fala estando mudo,
Repete seu monótono torpor
Na sombra, no delírio da clareza,
E não há Deus, nem ser, nem Natureza
E a própria mágoa melhor fora dor.
Fernando Pessoa
( O Grande)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007


" O Natal não é uma época...
é um estado de alma"
De mim para todos aqueles que fazem parte da minha vida...
Feliz Natal

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

“HOJE”

Estava a “apaixonar-me”, mas o dia de hoje foi uma forte traição a essa relação que se estava construindo.
Quando terminou o dia, parei, pensei e concluí: “ Hoje foi mau”.
Tudo estava a correr tão bem. O “amor” não parava de crescer, como coisa que está fermentando. Coisa essa composta de pequenos nadas que se tornavam gigantes: olhares, toques (o tocar é fundamental), conversas ou mesmo silêncios. Estar ali para ouvir, falar e reconfortar quando uma lágrima, sufocada e desesperada, se soltava do seu angustiante cativeiro. Sentia o corpo exausto, mas a alma feliz, realizada. Estava a gostar tanto. Alguns doentes e familiares já me tinham dito (e continuam a dizer, felizmente. Por eles é que vale a pena) coisas tão lindas, que tocaram de mansinho no coração.
Mas hoje foi mau.
Bem sei que irei encontrar mais “hojes” (desculpem a expressão) ao longo da minha vida estudantil, profissional ou pessoal. Mas mesmo assim, tendo essa certeza, saí magoada, profundamente triste.
Hoje o cansaço da alma derrubou-me.
Embora saiba que o ser humano é um todo, cada vez mais percepciono a existência de duas “partes” (além do lado grande e pequeno J) em mim.
Hoje, uma dessas “partes” desistiu…cansou-se…ficou exausta.
Mas continuo aqui, pronta para o amanhã, pois independentemente da vontade de querer ou não “baixar os braços”, acho que me falta a coragem para tal. O caminho percorrido até aqui já é demasiado longo (mas nunca um caminho ou tempo perdido…já aprendi e recebi muito) e gratificante para o esquecer ou apagar da minha vida.
Até amanhã…prometo.



Liliana Matos
11 de Dezembro de 2007

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

"A vida é uma coisa linda... não a posso desperdiçar com problemas "
Liliana Matos
Obrigado sr. C. por me ajudar a entender isto.
Tudo de bom para si.

sábado, 24 de novembro de 2007

Já lá vai

Já lá vai, infelizmente.
Já passou. Passou por mim e quase nem dei conta.
Jamais vai voltar a acontecer. Jamais vamos viver, sorrir, gritar, brincar, pular, chorar, corar, zangar, suar, rir, sentir da mesma forma…como naquele passado tão agradável para mim.
Infelizmente já lá vai.
Infelizmente nunca mais vai voltar, igual…
Tenho a sensação que nem irá ser parecido. Mas é assim a vida.
Vivemos e temos que correr o risco de jamais voltar ali, àquele momento, àquele olhar, àquele abraço, àquele beijo, àquele lugar.



Liliana Matos
16 de Novembro de 2007

Menino

Não o coloquei aqui quando o escrevi porque me pediram para não o fazer. Agora, tenho a certeza que é indiferente pô-lo aqui ou não.
Por isso decidi colocar.
Se ficares magoado... paciência...
Menino,
volta a sorrir como outrora.
Volta a contagiar todos com esse teu sorriso,
oh menino, que agora “choras”.
Menino,
não podes estar assim,
pois outros dependem de ti para também sorrir.
Menino,
com o teu olho azul assim molhado,
até parece que tudo chegou ao fim,
que tudo ficou inundado.
Pouco mais te posso dar,
senão um pequeno conselho,
de quem pouco sabe:
Encontra em ti o tesouro,
que te deixará sorrir de novo,
oh “minino d’ouro”.

Liliana Matos
28 de Outubro de 2007

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Não sei que nome dar










Não tenho nenhum motivo em especial para escrever, ou melhor, tenho mas não é igual ao que habitualmente me coloca frente-a-frente com a folha branca, límpida, à espera de ganhar a forma que cada um lhe quiser dar.
Hoje escrevo simplesmente para ver a caneta deslizar suavemente no papel. Gosto tanto de ver nascer as palavras. Adoro o acto de escrever. Adoro este jogo de movimentos. Movimentos da minha mente que se expressam pelos movimentos da minha mão, da minha caneta.
Outra particularidade é a cor da tinta da caneta. Prefiro o preto. Não sei porquê, mas tenho a leve sensação que atribui às minhas palavras um “estatuto” diferente.
Além disto, costumo escrever ao som de músicas. Neste preciso momento isso também não é excepção. A música é bela (Ruínas, de Rodrigo Leão). Proporciona-me um sobrevoo pelo campo dos meus sonhos, dos meus desejos.
Outro aspecto curioso é que apenas gosto de utilizar uma só página, pois o simples virar da folha, para continuar a escrever, desata as ligações do meu raciocínio. Por isso, aviso já que estou quase a atingir o limite do meu tempo de antena ou de escrita, se preferirem.
É assim o meu ideal de escrita.
Ah, não me podia esquecer de outro pormenor importante. Escrevo essencialmente à noite, sem ninguém por perto.
Estou a duas linhas (imaginárias, pois a folha não as possui) de acabar.
Não tendo mais para acrescentar…digo até sempre.


Liliana Matos
10 de Novembro de 2007

sábado, 10 de novembro de 2007

O encanto perdido

Partilhámos tanto (ou pelo menos eu partilhei) e, em menos de nada, tudo se evaporou, deixando um vazio de incerteza, de insegurança, de não confiança.
Bastaram breves palavras para tudo se dissolver nas lágrimas que imediatamente desceram a minha face.
“Perdeste a magia”, foi o que lhe disse. E perdeu. Por mais que tente pensar que não, foi perdido um agradável encanto.
É triste olhar para trás, para o passado, e ver as diferenças, a mudança.
Tenho uma imensa mágoa, um imenso peso no peito.
Tenho pena de perder algo que eu achava intocável, que nunca iria se alterar.
Mas mudou.
Mudou, mudou, mudou… e agora?
Sinto-me tão diferente, muito mais desamparada.
Que tudo corra bem… é a única coisa que desejo.



Liliana Matos
9 de Novembro de 2007

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A primeira vez que escrevi acerca desta face da minha vida.... demorou, mas escrevi



Ainda ONTEM éramos uns “amarelinhos”, únicos e sem igual, pelas ruas da cidade, e HOJE passámos a ser iguais a tantos outros que se confundem no preto que o “escalão superior” nos atribui.
Braços no ar, cabelos e corpo bem “regados”, aí íamos nós com um grande sorriso nos lábios, no então ido 31 de Outubro de 2006.
Momentos de alegria que o puro passar do tempo não conseguirá (nem ousará) apagar.
Sob uma qualquer voz de comando (quiçá a voz interior de cada um de nós) reunimo-nos em frente à objectiva, deixando assim estampado no tempo a imagem que agora se mostra.
A plenos pulmões gritámos: “ A praxe é super, hiper, mega, re-fixe”, finalizando com o tão peculiar “ SIC Radical” (atentem nos dedos no ar que assim o comprovam).
Mas já passou. E como diz o “meu” grande Pessoa, através das palavras de Reis: “Tudo é efémero”.
Tudo passa como um rio que teima em não querer fazer uma pausa nos momentos que mais desejamos.
Podem achar hipócritas estas palavras, mas ontem, ao ver os “novos amarelinhos”, senti uma saudade… senti uma vontade de voltar atrás.
Olhem uma última vez para nós, principalmente aqueles que duvidam do que seremos capazes (vocês sabem ao que, ou melhor, a quem me refiro)
Aguardem-nos! “ O Futuro da Enfermagem em Portugal” está aí… e está para durar.

Até sempre!
SIC Radical :)

Liliana Matos
7 de Novembro de 2007

P.S.1 – Bem sei que nesta imagem não estamos todos, mas é a única que possuo em que está um maior número de pessoas da nossa turma.
Mas todos, os tais 68 (por vezes 69 :), quando estamos com o CP), fazem parte do tal “ Futuro da Enfermagem em Portugal”.
Por isso, se me permitem, lanço o desafio: Vamos tratar de tirar uma “pelingrafia” TODOS juntos.
Se ainda não nos achamos um grupo há que caminhar nesse sentido. A tal “pelingrafia” pode ser um começo… digo eu!

Como diria a Susanita : “Saudações Académicas”

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Quando virem um espaço, por mais pequeno que seja, em que eu possa ser feliz, digam-me.
Estou farta da desilusão, da frustação...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O meu segredo

Sabem um segredo? Queria ser grande. Mas não digam a ninguém! E sabem porquê? É que todos pensam que já cresci, mas só eu sei que ainda sou pequena, por isso é que peço que guardem este segredo.
Sou tão pequena que normalmente tudo me deixa com medo, a tremer. Os outros quando olham para mim só vêem o lado de fora, e esse sim, tem aspecto de grande, mas quase ninguém vê para dentro de mim…quase ninguém vê quão pequena sou.
Engano bem!
Ou será que os outros preferem ser enganados? Se calhar vêem-me pequena, mas demonstram que não dão conta. Afastam o olhar, fugindo disso. Será?
Oh, nada disso me importa! Eu só queria era ser mesmo grande!
Tão grande ao ponto de tocar com o cabelo no tecto do Mundo!
Aí sim, tudo ficaria claro! Pois o sol seria como uma flor no meu cabelo, que iluminava tudo à minha volta. Uma flor linda, brilhante, quente… que me faria feliz!
Se fosse grande, bastava-me esticar o braço e apanhar uma estrela para fazer companhia ao sol do meu cabelo. E sabem porquê? Todos precisam de companhia, de um amigo. Ninguém gosta de estar sozinho. Eu que o diga, pois o meu lado grande, o tal de fora, tem companhia, mas o de dentro, o pequenino, está sozinho. E porquê? Porque quase ninguém sabe que ele existe.
Por isto é que eu queria ser grande! Assim parece que ando partida em dois pedaços…um visível e outro que se esconde. E sabem porquê? Olhem, eu não sei…


Liliana Matos
15 de Outubro de 2007
Vem tu.
Vem abraçar-me.
Vem apertar-me contra o teu peito,
e deixar-me adormecer assim
até parar de chorar,
de soluçar.
Se te tivesse aqui agora…
Se estivesses aqui não te largava,
como coisa minha.
Estaria a usar-te?
Não sei…
Só queria o momento,
esquecendo se usava ou não.
Mas queria-te agora…aqui.
Diz que me adoras!
Mesmo que seja mentira quero que o digas,
só para me sentir melhor.
Egoísta?
Pois sou,
neste momento sou.


Liliana Matos
7 de Outubro de 2007

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Agora aproxima-se uma nova fase na vida de alguém que me é próximo. Depois de eu entrar nessa mesma fase, há mais ou menos um ano atrás, escrevi…
(Só espero que não sintas o mesmo… Eu sei que não. Tu és mais forte.)


Por vezes, pior que não saber o que se quer, é não estar feliz com o que se quis e escolheu. É algo terrível de sentir. Sentir que a escolha feita não foi a mais acertada, pelo menos para já.
É um turbilhão de emoções que não sei descrever. Apenas sinto-as!
Será que vou ser feliz com esta escolha? Será que não serei mais uma frustrada no meio de tantas outras que, infelizmente, existem neste Mundo? Será que algo ou alguém me poderia dizer como vai ser? Eu sei que não é possível, mas sinto-me tão mal… tão mal que penso que deveria ser aberta uma excepção.
É loucura… sim, este discurso é uma autêntica loucura. Nada se pode fazer senão viver para ver o resultado. Mas será que vale a pena viver nesta situação só para ver, então o resultado? Não sei!
Queria estar junto daqueles que tornam tão agradáveis as minhas tardes de sextas-feiras! Nessas tardes garanto-vos que “toco” na felicidade extrema. Nessa felicidade almejada por tantos e atingida por tão poucos. Eu nessas tardes faço parte dos “poucos” que, graças a seres ímpares e formidáveis como os “5 Mosqueteiros”, alcançam a felicidade e, acima de tudo, alcançam a razão de querer continuar a viver.


Liliana Matos
29 de Outubro de 2006


Agora, com o devido distanciamento que o deixar correr do tempo nos oferece, verifico que fiz a escolha certa.
Quero Cuidar de todos os que de mim necessitem.
Porque uma das melhores coisas da minha vida são vocês…

Sinto o “frio”. Aquele que me rodeia, que me envolve até à raiz do meu ser. Parece que desapareceu a alegria e a felicidade. O “frio” é tal, que deixamos de encontrar a alegria de viver, a vontade de rir e de ser feliz. Perdemos o gosto pela vida, pelas mais simples situações do quotidiano. Já não conseguimos sorrir.
Mas quando vivemos momentos em que estamos junto daqueles que mais queremos, que nos fazem felizes, que nos fazem sorrir, que nos fazem viver, esquecemos o “frio” e somos capazes de derrubar tudo aquilo que se atravessa no nosso caminho.
Mais uma vez, mas sem nunca me cansar, o meu muito obrigada.
Horas magníficas aquelas em que estivemos todos juntos. Juntos como outrora, em que tudo era perfeito, sem mágoa, sem tristeza, sem ressentimentos, sem arrependimentos.
Mas o importante é que estivemos juntos. Partilhámos mais um pedaço da nossa história, da nossa vida.
Espero que a partilha seja para sempre. Que nunca acabe.
Vi sorrisos lindos nas vossas caras, vi vontade de estar ali (é a vontade que nos move, como à Passarola).
Obrigada por me fazerem tão feliz.

Liliana Matos
9 de Setembro de 2007
Sem dúvida, a melhor coisa que encontrei até hoje…


A primeira vez que a vi (já lá vão 4 anos), tendo a consciência que os próximos anos da minha vida passavam por ela, estremeci de medo.
Que sítio era aquele que eu própria tinha escolhido!
Tive medo, não gostei.
Agora que a vejo, só me apetece entrar nela e permanecer o mais tempo possível.
É a minha segunda casa.
Eu dizia, em jeito de brincadeira, que se quisessem encontrar-me era muito fácil: estaria algures na ESEN ou em direcção a ela. Por isso, o ideal era aguardar lá que eu acabaria por aparecer.
A ESEN! A minha ESEN.
Deu-me tanto e eu tão pouco a ela. Deu-me pessoas que não quero perder, formou-me enquanto cidadã, enquanto mulher, enquanto ser humano.
Falo nela com uma nostalgia que, por mais que tente evitar, faz sempre “saltar” uma (ou mais) lágrima.
Na ESEN passei o meu “Cabo (s) das Tormentas”, mas sem dúvida que vivi as recompensas da “Ilha dos Amores” (a de Camões, não a outra).
Faltam-me as palavras para agradecer tudo.
Passei ali momentos únicos, cintilantes.
É caso para dizer: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”.
Obrigada ESEN.
Estaremos sempre ligadas por mil laços invisíveis (“O essencial é invisível para os olhos” – Saint-Exupéry).
ESEN para sempre!

Liliana Matos
4 de Setembro de 2007

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Na tal conversa catártica surgiu isto...

"Mas és tu que caminhas, são as tuas mãos que tocam nas nossas. Tu existes. Só isso é a coisa mais importante de tudo"
N.M.
Nada mais é preciso dizer!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O que escrever?

O que escrever? Há muito que não o faço! E até devia estar contente, pois tinha chegado à conclusão que só o fazia quando me sentia menos bem. Mas não estou…
Será que a tal “veia” entupiu? Será que o “colesterol da sociedade, da minha vida” se decidiu alojar nas suas paredes, tornando-a quase ineficaz na sua tarefa? Mais uma vez, não sei.
Até tenho sentido medo por esses tais textos, que de um modo geral saíam facilmente, agora serem escassos, mas hoje decidi fazer um esforço. Porventura, um esforço inglório por ser forçado, forjado, pouco natural.
Agora que releio este texto, à medida que cresce, salta-me na mente e à vista a palavra “medo”.
Recentemente, vivi um óptimo momento de conversa, de partilha, de confidências, de amizade acerca deste sentimento. Aquela conversa foi catártica. Revelei nela algo que (quase) inconscientemente guardo do resto do mundo. Não sei bem porque guardo, mas tive a certeza do desejo de o partilhar nessa conversa. Senti que a outra pessoa tinha o direito de conhecer esse meu “jardim secreto”. Senti-me segura e protegida ao fazê-lo. Obrigada!
Mas eu estava no “medo”. Acho que continuo a tê-los, mas estou cada vez mais a aprender a viver com eles.
Comecei este relato com uma dúvida (o que mais poderia ser!), mas termino-o sabendo o que responder a essa questão: escrevo, se necessário para sempre, o valor de “vocês” na minha vida, a importância da presença de “tu” e mais “tu”, nisto a que me habituei chamar de “eu”.
Para sempre caminhando ao vosso lado, para sempre tocando nas vossas mãos… para sempre.

Liliana Matos
23 de Agosto de 2007

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

As coisas mudaram

As coisas mudaram. E como quem tem medo do “novo”, buscas e rebuscas, acabando por te agarrares aos baús…das memórias! Sim, das memórias. As memórias são como cada pedaço do teu corpo. Se tas tirassem deixarias de existir.
Já tentaste tudo, mas não deixas de pensar no passado, não deixas de desejá-lo, não deixas de amá-lo como sendo o teu primeiro amor. Aquele que, por mais voltas que a vida dê, fica alojado para sempre em nós…nas nossas entranhas.
O passado é, para ti, como um vício. Já não sabes viver sem ele. E as memórias são o corpo desse teu vício. Por mais que tentes, elas não te abandonam.
Já tentaste tudo, mas não consegues arrancá-las de ti. Elas sugam-te toda a vontade de enfrentar o futuro.
E tu deixas! Deixas, olhando serena (talvez não!) para isso.
Ajudem-me, por favor! É a única coisa que tu, que agora sou eu, sabes dizer. Nada mais…apenas Ajudem-me!

Liliana Matos
10 De Abril de 2007

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Tenho as mãos frias

Num dia em que realmente tinha as mãos frias escrevi...
Tenho as mãos frias.
Tenho as mãos frias, amor,
e tu nem dás por isso!
Tenho as mãos frias
da distância que nos separa.
Tenho as mãos frias,
da tristeza que me preenche,
enquanto Tu te esvazias.
O Tu que existia dentro de mim,
quer fugir do meu corpo.
Quer partir…sem se importar,
com as feridas que vai deixar.
Tenho as mãos frias, amor.
Tenho as mãos frias da ânsia de te querer,
da ânsia de te procurar em vão.
Tenho as mãos frias, meu amor,
E o coração, infelizmente, começa a querer parar…
por te ver ir…
e com a certeza que nunca mais vais voltar.

Liliana Matos
22 De Março de 2007

sábado, 11 de agosto de 2007

A minha Terra

Num dia de muito sol e muito vento (dois elementos da Natureza que me cativam, que me inspiram)...
Não me canso de olhar, de ouvir, de cheirar, de sentir todo este ambiente que me rodeia.
Esta brisa na cara, tão singela e carinhosa, faz-me bem e, principalmente, feliz. Transmite-me uma paz dourada.
Dourada é a imagem que vejo. Dourada porque o sol bate nas folhas, nos troncos, na terra…e torna tudo luminoso.
Junto ao dourado “vive” o verde da natureza…calma e baloiçante.
Para terminar a tríade colorida, há o azul do céu. Azul que “beija” suavemente o horizonte.
Assim é esta terra onde vivo, onde me encontro, onde me curo de todos os males…
Ela é dourada, verde e azul…É assim que a vejo e a entendo.
Aqui tudo pode ser simples e sem novidade, mas só o é assim para aqueles que não a vivem intensamente…Que não colhem dela a essência da vida.
Esta minha terra é a minha pedra filosofal…pois para além do elixir da vida, dá-me também o da tranquilidade.
Obrigada!


Liliana Matos
29 de Julho de 2006

quinta-feira, 9 de agosto de 2007


“ Por vezes ajudo as pessoas a viver, às vezes ajudo-as a morrer, porém ajudo-as sempre…sou enfermeira”

Reggy, Anderson

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O dia lá fora

Num dia que tinha sido chuvoso do mês de Abril de um dado ano, olhei para o céu e escrevi...
O dia lá fora chorava. Chorava e gritava enraivecido. Depois, de muito barafustar, acalmou. Agora está com um ar calmo. Parece um menino bem comportado, que nada tem a ver com o outro, de algumas horas atrás. Está todo luminoso e com um tom rosado no seu pequeno rosto, de um dia que está a chegar ao fim. Esse dia, que agora parece um anjo, está a preparar-se para desaparecer atrás das montanhas e dormir.
Está calmo. Transmite uma paz capaz de engolir todo o ódio, toda a mentira, toda a raiva e toda a guerra do mundo. Com esse seu singelo aspecto é capaz de os derrotar a todos.
Não precisa de parecer forte ou belo. Apenas tem que ser ele próprio, para conseguir “virar” o mundo e torná-lo um sítio melhor. Na verdade não tem que ser um sítio melhor ou pior, o dia apenas tem que conseguir viver nele feliz para sempre, a sorrir.

Que sejas sempre como o dia!
(Para a Daniela)

Liliana Matos
12 De Abril de 2007

In Memórias - 31 de Junho de 2006

Já escrevi este texto há algum tempo, mas sinto que está quase sempre actual na minha vida.
Quem me dera ter o conhecimento absoluto acerca de tudo! Assim não vivia nesta “ignorância”, nesta “escuridão”!
Por piores que sejam as situações, algo ainda mais constrangedor é o vazio, é a solidão...o nada.
Parece que vivemos só porque o nosso organismo ainda realiza todas as funções vitais. Pois se não as realizasse, já não estaríamos aqui…
É difícil de descrever, mas é o que sinto. Parece que não temos direito à alegria e felicidade…parece que nunca mais chega a meta…parece que corremos sem sair do mesmo lugar…parece!
É como trabalhar no vazio, sem nunca receberes o “feedback” ou recompensa.
Só me apetece parar e descansar! Mas agora é que reparo que ainda nem começou. Vai ser extenuante!
Continuo igual a mim mesma, mas cada vez menos me reconheço. Já não sei como irei reagir…se irei gostar, se não irei aguentar. Como a maioria das vezes “não sei nada acerca de tudo”.
Já não encontro em mim as características de outrora!
Já não me encontro…devo estar a mudar tanto…mas que sentido faz a mudança se, para já, não vejo vantagens!
É angustiante! Mudas e não consegues parar, nem tão pouco controlar!
Pelo menos, eu devia ter alguma palavra a dizer…oh relógio imparável!
Quando decidires parar, se calhar, já serei tão estranha a mim própria, que nem me reconhecerei.
Mas ainda tenho memórias. É a elas que me agarro com unhas e dentes, para não “esquecer-me”.
São elas que continuam a dar algum sentido ao desconhecimento total…
Vou parar para dormir!

Liliana Matos
31 de Maio de 2006
Um dia alguém me disse isto...
achei de uma simplicidade magnífica, de uma beleza esmagadora.
Obrigada, a ti!
“ Como tu disseste eu encaro tudo positivamente, pois a vida é bela. Dá-nos muitos desgostos, mas no fundo temos sempre outra porta, se levares a vida na desportiva e se tiveres calma e enfrentares os problemas com frontalidade e sem dramas… a vida é tão breve para estarmos nervosos com as coisas, por isso o melhor é que tudo seja belo…”

Nuno
(Algures durante o 12º ano – 2005/2006)

Para os 5 Mosqueteiros

Porque a vida nos dá vida, e a minha vida passa pelos meus amigos, aqui está uma pequena homenagem a Eles.
Obrigada por tudo!!
Olá!
Aqui estou uma vez mais “agarrada” ao papel. Faz-me feliz e liberta-me! Aqui posso ser verdadeiramente a Liliana, sem regras, sem máscaras, sem medos.
Espero que não se aborreçam por ouvir estas palavras, pois eu sei que elas podem ser chatas, mas acreditem que são de extrema importância para mim. Cá vai!
Não gosto, e tenho a sensação que nunca gostarei, de despedidas. Mas, como muitos de vocês dizem, isto não é um adeus. Pode ser só um “até já” (…) se todos assim o quisermos.
Adoro-vos aos cinco. Já não concebo a minha vida sem vocês! Pode parecer exagerado, mas acreditem que é verdade.
Jamais esquecerei os amuos matinais da Guida, além do teu ar leve e alegre; o amor que o Nuno tem pela vida (assim como os teus olhitos!); o carinho e ar paternal do Hugo; as palavras tão sinceras e reconfortantes da minha Ana; e o sorriso maravilhoso e espírito aventureiro do Luís, nunca te esquecerei!
E estas são apenas as características que eu mais gosto em vocês. Pois existem muitas mais, mas foram estas que me marcaram, são estas que me farão recordar-vos na passagem dos dias, foram estas que fizeram de vocês os meus melhores e, atrevo-me a dizer, únicos amigos. Tenho muitos conhecidos, colegas, entre outros, mas nenhum deles atingiu o estatuto que vocês têm dentro do meu coração.
Obrigado por me terem ensinado a olhar a vida com outros olhos, a olhar a vida com mais alegria e descontracção. Vocês ensinaram-me a viver. Ou melhor, a reviver!
Acreditem que eu seria a pessoa mais feliz do mundo se me fosse permitido viver junto de vocês até ao fim dos meus dias. Seriam, sem dúvida, os melhores momentos da minha simples existência. Bastava-me ter-vos a vocês e mais três pessoas!
Mas a vida é assim! Prega-nos estas partidas.
Mas se algo ou alguém cruzou estas seis vidas, deve ter tido algum motivo e acreditem que devia estar inspirado quando o fez, pois o resultado deste “ cruzamento “ foi único e maravilhoso.
Espero poder-vos encontrar de novo!
Espero que não se esqueçam de mim!
Mas acima de tudo, e se por ventura não nos virmos mais, espero, do fundo do meu coração, que sejam felizes.
Não vos esquecerei!
Adoro-vos!

Liliana Matos, Lila, Lita, Lili…como me quiserem chamar!
24 De Maio de 2006

História de uma personagem em fuga

Este foi o primeiro texto que escrevi, com a plena consciência e vontade do que fazia...



Apetece-me partir! Partir para além do reino da confusão, onde não me deixam lutar pela vida.
Clara é o meu nome, mas todos me tratam por Clarinha. Nome de menina a quem lhe escreveram os versos da sua vida, onde a rima não pode faltar. Pois um verso sozinho, sem par, no mundo da poesia, é como um barco prestes a naufragar.
Todos, desde que nasci, me quiseram impor o vestido bonito, as idas à igreja, os bordados, o colégio, onde não podia falhar, o marido perfeito e até quase o ar que deveria respirar.
Mas, no meio de tudo isto, onde está o meu “eu”? Onde estão os meus erros com os quais devo aprender? Nunca os encontrei… Pois tenho nos olhos uma venda maternal da qual quero fugir, quero partir, quero voar!
Quero fugir por esse mundo fora onde possa construir o meu próprio poema, poema já começado, mas que vou apagar, para o poder edificar com os meus versos, com o meu verdadeiro ser.

Liliana Matos
17/02/04