quarta-feira, 26 de dezembro de 2007



A Xana....

A minha gata....

A minha companheira... muitas vezes enquanto escrevo....

Tinha que lhe fazer esta homenagem....

domingo, 23 de dezembro de 2007

Senti-o chegar.
Entre o vento que soprava e as folhas que bailavam na sua derradeira queda, ele apareceu.
Apareceu timidamente.
Entre luzes e fitinhas, cheiro a canela e calor, entre risos e muito amor, eís que ele aparece.
Não vem acompanhado de manto branco...apenas e só do seu eterno amigo vento.
Apareceu ele assim...timidamente.
É assim há anos, mas, para mim, continua a ser sempre uma surpresa... como se fosse a primeira vez.
Então, abro-lhe a porta e deixo-o entrar.
Ele a pouco e pouco funde-se e confunde-se connosco, numa agradável comunhão, a que todos gostam de chamar Natal.
Para todos os que amo...
FELIZ NATAL
Liliana Matos
23 de Dezembro de 2007

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Se fosse vivo adoraria conhecê-lo...como tal não é possível, vou "conhecendo-o" pelos seus magníficos textos...
E identifico-me a cada palavra sua...
Este que se segue é um bom exemplo disso
Nas grandes horas em que a insónia avulta
Como um novo universo doloroso,
E a mente é clara com um ser que insulta
O uso confuso com que o dia é ocioso,
Cismo, embebido em sombras de repouso
Onde habitam fantasmas e a alma é oculta,
Em quanto errei e quanto ou dor ou gozo
Me farão nada, como frase estulta.
Cismo, cheio de nada, e a noite é tudo.
Meu coração, que fala estando mudo,
Repete seu monótono torpor
Na sombra, no delírio da clareza,
E não há Deus, nem ser, nem Natureza
E a própria mágoa melhor fora dor.
Fernando Pessoa
( O Grande)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007


" O Natal não é uma época...
é um estado de alma"
De mim para todos aqueles que fazem parte da minha vida...
Feliz Natal

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

“HOJE”

Estava a “apaixonar-me”, mas o dia de hoje foi uma forte traição a essa relação que se estava construindo.
Quando terminou o dia, parei, pensei e concluí: “ Hoje foi mau”.
Tudo estava a correr tão bem. O “amor” não parava de crescer, como coisa que está fermentando. Coisa essa composta de pequenos nadas que se tornavam gigantes: olhares, toques (o tocar é fundamental), conversas ou mesmo silêncios. Estar ali para ouvir, falar e reconfortar quando uma lágrima, sufocada e desesperada, se soltava do seu angustiante cativeiro. Sentia o corpo exausto, mas a alma feliz, realizada. Estava a gostar tanto. Alguns doentes e familiares já me tinham dito (e continuam a dizer, felizmente. Por eles é que vale a pena) coisas tão lindas, que tocaram de mansinho no coração.
Mas hoje foi mau.
Bem sei que irei encontrar mais “hojes” (desculpem a expressão) ao longo da minha vida estudantil, profissional ou pessoal. Mas mesmo assim, tendo essa certeza, saí magoada, profundamente triste.
Hoje o cansaço da alma derrubou-me.
Embora saiba que o ser humano é um todo, cada vez mais percepciono a existência de duas “partes” (além do lado grande e pequeno J) em mim.
Hoje, uma dessas “partes” desistiu…cansou-se…ficou exausta.
Mas continuo aqui, pronta para o amanhã, pois independentemente da vontade de querer ou não “baixar os braços”, acho que me falta a coragem para tal. O caminho percorrido até aqui já é demasiado longo (mas nunca um caminho ou tempo perdido…já aprendi e recebi muito) e gratificante para o esquecer ou apagar da minha vida.
Até amanhã…prometo.



Liliana Matos
11 de Dezembro de 2007