segunda-feira, 5 de maio de 2008

Início do II

Amanhã começa o II.
Ainda me lembro tão bem do I, de cada pormenor, de cada instante.
Estou muito mais apreensiva agora. Talvez por pensar que esperam e espero muito mais de mim. Agora já não vou “às escuras”.
Claro que a dinâmica é diferente, que a maneira de estar também se altera, mas há posturas e modos de ser que nunca mais me deverão abandonar. Portanto, sinto-me um pouco mais ansiosa. Sinto um “não sei quê” que da primeira vez não senti.
Tento encarar este “não sei quê” como algo positivo, uma reacção do meu ser à necessidade de fazer melhor que o anterior, de me superar.
Não vale a pena pensar que este sentimento é negativo.
Tem que correr tudo bem. Melhor, vai correr tudo bem.
Daqui a dois meses farei o balanço deste II.


Enfermagem é vida…



Liliana Matos
4 de Maio de 2008

Yô-Yô Interno

Gosto de escrever, mas quando pego na caneta só escrevo coisas tristes, sofridas, magoadas. Parece um choro contínuo. Gostava de saber escrever coisas mais bonitas, mais alegres.
Além disso, acho que já se esgotaram os temas, pois escrevo sempre acerca do mesmo. Já não se encontra novidade nas minhas linhas. Provavelmente chegou ao fim, terminou…
Continuo sem saber nada acerca de tudo.
Ontem, enquanto falava com alguém, desabafei que continuava a sentir-me uma adolescente com aquela instabilidade interior tão característica. O que é certo, é que com os meus 20 anos também não sou adulta. Acho que é difícil definir em que patamar me encontro. Mas a falta de definição em si não me faz espécie, pois pouco me importa se ainda sou considerada adolescente ou se ainda não posso ser adulta. O problema é aquilo que sinto. Aquele meu yô-yô interno. Esse é que me incomoda.
É esse que me coloca em frente a uma folha e com uma caneta na mão.
Nem sei se lhe agradeça ou não…



Liliana Matos
29 de Abril de 2008