terça-feira, 14 de agosto de 2007

Tenho as mãos frias

Num dia em que realmente tinha as mãos frias escrevi...
Tenho as mãos frias.
Tenho as mãos frias, amor,
e tu nem dás por isso!
Tenho as mãos frias
da distância que nos separa.
Tenho as mãos frias,
da tristeza que me preenche,
enquanto Tu te esvazias.
O Tu que existia dentro de mim,
quer fugir do meu corpo.
Quer partir…sem se importar,
com as feridas que vai deixar.
Tenho as mãos frias, amor.
Tenho as mãos frias da ânsia de te querer,
da ânsia de te procurar em vão.
Tenho as mãos frias, meu amor,
E o coração, infelizmente, começa a querer parar…
por te ver ir…
e com a certeza que nunca mais vais voltar.

Liliana Matos
22 De Março de 2007

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo, simples, delicado e sofrido poema este... É dura a aprendizagem de que o amor se faz do ténue e volátil sentimento de corações nem sempre correspondidos. São muitos os "desencontros" e poucos os que se podem consolar na certeza de um "encontro" definitivo! Mas não deixe de procurar, mesmo que se afigure impossível encontrar :)
Bjis
ALM

PS - Continue tão bem como até aqui e não se preocupe com o nº de leitores do seu interessantíssimo blogue; eles virão a pouco e pouco e importa é que sejam bons!