sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Para a Joana ...

Viseu, 19 de Novembro de 2008
10h13:
O ser mais aguardado desta viagem, que se iniciou para os pais há 41 semanas atrás e que para mim se tinha iniciado há pouco mais de hora e meia, viu pela primeira vez o mundo.
A Joana nasceu!
Tudo o que de menos bom poderia existir momentos antes, desapareceu completamente com a chegada daquele pequeno ser.
O olhar cúmplice entre o pai e a mãe foi o que mais me comoveu. Foi um daqueles olhares que de tão simples e genuínos, se tornam belos. Só eles poderão saber o que “disseram” um ao outro com aquele olhar, mas eu “ouvi” um “Finalmente chegou o que tanto desejámos. Chegou a nossa menina. Está aqui o que de mais importante nos une.
Aquelas três entidades eram um só.
Partilharam carícias, breves e doces palavras e longos sorrisos, acompanhados de olhares luminosos, que contagiaram todos naquela sala.
Eu não conseguia parar de sorrir.
Agora, em retrospectiva, recordo-me de sorrir, sorrir, sorrir…
O momento não era propriamente meu, mas retirei um pouco dele para mim:
“Joana, foste o primeiro bebé que vi nascer. E isso tão cedo não irei esquecer.
Tudo foi ainda mais emocionante quando te colocaram nos meus braços, quando te colocaram nas minhas mãos.
Não consigo traduzir em palavras a sensação.
Só me lembro de querer muito sentir a tua pele na minha e aí apercebi-me que existia algo entre nós: umas luvas. Sim, umas luvas que não me deixavam vivenciar aquele momento de contacto com todos os meus sentidos.
Sabes Joana, outra coisa importante para mim foi ouvir o teu choro enquanto te tocava, te limpava, te vestia. Ouvir-te e sentir-te chorar foi sentir, ouvir, ver e tocar de perto na Vida… Na tua vida. Senti Vida nas minhas mãos e isso foi uma das coisas mais bonitas que senti até hoje.
Ver-te tão pequenina e aparentemente tão frágil despertou em mim a vontade de te proteger, de te dar o que de melhor eu sabia e tinha para te oferecer.
Aprendi contigo muitas coisas. Podes pensar que não, mas aprendi.
Aprendi como aluna de enfermagem: todos os cuidados que te tinha que prestar para te proporcionar a melhor adaptação a este novo mundo de que fazes parte; e aprendi como pessoa, como ser humano que não há nada mais bonito e importante do que a vida. Uma vida em que todos os momentos estejam repletos de carinho, de amor, de amizade, de ajuda.
Ensinaste-me tudo isto poucos minutos depois de nasceres.
Imagina tu! Tão pequena e já desempenhaste tão grande papel.
A partir deste momento de contacto, deste nosso “encontro”, passaste a ser para mim “a minha Joana”.
Porque foste a primeira…
Porque foste tão generosa comigo ao ensinares-me tanto…
Porque marcaste a minha vida…
Digo-te Obrigada!

Que sejas muito feliz. Que sejas uma grande mulher.
Muitos beijinhos.

Liliana Matos

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Início do III e IV

O III e o IV estão prestes a começar.
Desta vez vou até ao mundo dos mais pequenos. Desde aqueles que ainda não nasceram, passando pelos que acabaram de nascer e terminando naqueles que já andam por cá há alguns anitos ( não muitos é certo)
Que medo :s
Vamos ver quem controla quem :)
Vamos ver se sei lidar com os "mini terroris"(como alguém um dia me disse) e com os "terroris" :)

Mais novidades daqui a 10 semanas ;)

domingo, 26 de outubro de 2008

Lancei o olhar para todos eles. Ali estavam todos perfilados.
Olhei para um deles em especial, já sabendo o que iria encontrar nas suas páginas.
Peguei nele e, desenfeadamente, procurei.
E lá estava. As palavras escritas por ti. As tuas setas. Sim, aquelas setinhas pequenas.
Toquei nas páginas, escritas por ti, com todo o cuidado, com toda a lentidão, com todo o carinho, imaginando que era na tua face que tocava.
Fechei os olhos. Encostei a minha cara naquelas páginas e inspirei, procurando assim nas minhas memórias o dia, o momento, o local em que escreveste essas palavras.
É como um livro sagrado para mim.
Sagrado pelas marcas que deixaste nele.
O livro por si só já é grandioso, ao nível do seu autor - Eça de Queiroz.
Voltei a guardar o livro, religiosamente, como algo "mais do que importante" (reconheces?)...valioso...precioso...de valor incalculável.

Continua a ser PARA TI...pra vocês...

Pensava que ia tê-la para toda a vida e, afinal, ela partiu sem pedir autorização ao meu coração.

Partiu e deixou um vazio.

Perdi um pedaço de mim, um retalho da minha vida.

Custa tanto aceitar. Custa porque sei que NUNCA mais a terei junto de mim, no meu colo, a fazer-me companhia.

Infelizmente, partiu para sempre. Nunca mais a vou ver... e isso é aterrador.

Perdi-a!

Neste ano já perdi dois amigos: perdi um amigo há 7 meses, que felizmente continua na Terra, mas perdi-o como amigo. E agora perdi mais uma amiga, que, infelizmente, não ficou na Terra... não está viva.

Perdi a minha "pequena companheira"... e eu a pensar que ia tê-la pra toda a vida.

Continua a doer como no primeiro segundo em que soube que te tinha (vos tinha) perdido...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Para Ti...

Poderia escrever muito, mas neste momento a única coisa que te quero dizer...

NUNCA ME ESQUECEREI DE TI, MINHA "PEQUENA COMPANHEIRA "

Foste a coisa mais bonita que entrou na minha vida.
Nunca me vou esquecer dos teus "beijinhos"...
Nunca me vou esquecer da maneira que me pedias colo ...
Nunca me vou esquecer quando olhavas pra mim...
Vais estar sempre comigo...

Muitos Beijinhos, minha Xaninha!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Estava perdida.
Completamente só e perdida.
Chegaste de mansinho.
Deste-me a mão e guiaste-me até à luz.
Guiaste-me até ao resto da minha vida, que por momentos abandonei.


Obrigada "Estrelinha"


Este é para ti. Este é só teu

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Vida

Vivam a vida…
Não esperem com a confiança de que tudo aquilo que nos está destinado virá sem qualquer esforço, porque acho que somos nós que escolhemos aquilo que pensamos que já nos estava destinado. Não se trata de linhas já traçadas, mas sim de esforço em traçá-las.
Em certa conversa alguém disse: “Não basta dizer que se gosta, é preciso agir” (foste tu Ana). Agir parece-me o fundamental. Agir com o corpo, agir com a mente, não parar (tenho medo que a minha mente, um dia, se esqueça de agir, se canse de tal trabalho e que eu desapareça para o mundo como se caísse um véu intransponível em redor de mim, embora o meu corpo ainda esteja por cá. Assustador!). Só assim conseguiremos atingir a grande maioria dos nossos sonhos, dos nossos desejos mais íntimos, mais especiais, aqueles bem escondidos, que só em momentos de grande felicidade achamos que os iremos concretizar algum dia.
Encontrem a vida…
Nem que por breves momentos, mas encontrem-na. Quando tal acontecer vão-se sentir tão grandes, tão preenchidos, tão amados, tão únicos, tão humanos, sentindo cada pedaço do vosso corpo, cada batimento do coração, com uma enorme vontade de gritar ao vento que adoram a vida, com uma enorme vontade de pegar no Mundo com as mãos, lançá-lo ao ar fazendo-o rodopiar.

Vivam-na, encontrem-na…ela é vossa, ela é nossa, é de todos. Não desistam dela.



Liliana Matos
13 de Agosto de 2008
É interessante como a música, mais uma vez, me tira deste “jejum de escrita”.Desta vez foi Viva La Vida (o álbum), Coldplay



domingo, 6 de julho de 2008

Fim do II

Como prometido cá estou eu, após 2 meses (9 semanas, para ser mais precisa), a fazer o balanço do II.
Começou com a habitual falta de à vontade, medos e muitas dúvidas, mas a pouco e pouco foi crescendo. Com momentos menos bons e outros de grande valor e felicidade.
Vivi de tudo. Podem não acreditar, mas cada minuto é uma autêntica surpresa. Há sempre algo de novo. As rotinas são raras… pouco se repete. Portanto, é fundamental estar atendo e não deixar escapar qualquer momento. Sabê-los aproveitar.
Pressinto sempre os meus sentidos a fervilhar, em puro estado de alerta quando me encontro no meio hospitalar, em contacto com os doentes.
Ora, os doentes! Aspecto FUNDAMENTAL nestes nossos sopros de vida, vividos dentro daquele hospital. Por eles vale todo o esforço, todo o sacrifício, todo o trabalho, todo o cansaço, todas as lágrimas, todas as desilusões.
É lindo ouvir um sincero Obrigado, daqueles que vêm não do fundo da alma, mas apenas do coração. Basta virem do coração e nada mais. É tão compensador, tão reconfortante ver estampado no olhar a gratidão. São pequenos nadas feitos por nós, que despertam grandes sentimentos.
Todos os doentes são especiais à sua maneira, mesmo aqueles mais difíceis de conquistar, pois esses transformam-se num desafio ainda maior que ultrapassa a simples necessidade de prestação de cuidados de enfermagem. Mas sem dúvida que há aqueles que dificilmente esqueceremos.
Se no I o senhor C. marcou-me por um sorriso mudo carregado de palavras silenciosas a quererem brotar a todo o instante, agora, no II, a senhora G.S. é quem recordo com mais carinho. Recordo todas as conversas (assuntos que nunca pensei falar com alguém com 77 anos), todas as carícias, todos os olhares capazes de dizer tanto como as palavras, toda a boa disposição, toda a força e vontade de continuar a viver e todos os sorrisos, em especial aqueles que nunca faltavam mesmo nos momentos de maior sofrimento.
A pessoa com maior tranquilidade, em relação à sua postura durante a vida, que conheci até agora. Com uma paz e serenidade interior invejável, mas acima de tudo louvável.
Muito obrigada!
Haveria muito mais para dizer, mas prefiro ficar por aqui. Ficar neste doce e agradável aconchego da alma causado pela simples recordação da senhora G.S.

Liliana Matos


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Palavras

Há palavras que não devem ser ditas.
Há palavras que não deveriam ter permissão para serem proferidas. São de tal modo enganadoras que era preferível ficarem guardadas.
Há palavras assustadoras. Pois num relance, tanto nos mostram a beleza e o encanto, como nos fazem sentir excluídos da lista da possibilidade de um dos maiores desejos do Homem – ser feliz. São palavras angustiantes para quem as ouve e, muito provavelmente, de algum divertimento para quem as lança neste Mundo.
Há palavras que magoam, que sufocam, que derrotam, há palavras que (infelizmente) ficam por dizer ou que são ditas em excesso.
As palavras são feitas da mesma massa, mas adquirem diferentes formas, por isso é que o mundo das palavras é infinito. Há mil e uma formas diferentes de palavras.
Torna-se então fundamental ter a arte e o engenho (bom carácter, humildade, bondade, diria eu!) de construir belas formas e, contrariamente ao que uma grande maioria deseja, de não querer apenas possuir a fórmula secreta da massa das palavras.
Cada um de nós tem uma forma específica de criar as palavras, de transmiti-las, de partilhá-las. Mas alguns criam verdadeiras armas nucleares, transformam as palavras em armas de destruição maciça. Dessas palavras é que eu não gosto… ou melhor, as palavras não têm culpa do desonroso papel que lhe conferem. Eu não gosto é das pessoas que são capazes de usar tão nobres conquistas da espécie humana nas suas guerras hipócritas, às quais essas pessoas costumam chamar de vidas.

Liliana Matos

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Sonho

Tenho este sonho.
Sonho com um dia. Um dia que sinto ainda muito distante, mas mesmo assim, sonho com ele.
Sonho com o dia em que Tu, cansado de tudo e de todos, sedento do meu pleno amor por ti, venhas para mim.
Farto da vida, venhas para mim. Para receberes todo o amor infinito que tenho para te dar.
E eu recebo-te. Recebo-te como não tivesse existido nada entre o momento que te amei pela primeira vez e o agora. Recebo-te com todo o meu ser. Dou-me sem reservas.
Sonho com este dia.
Com o dia em que eu seja tudo para ti.
E irei amar-te. Amar-te para sempre.
Sonho, apenas. Agora só me resta sonhar. Pois, infelizmente, mal te vejo. Não te tenho junto a mim. Muita terra, muita gente está entre nós, nos separa. Não te tenho aqui fisicamente.
Mas sonho. Sonho com o tal dia, daqui a muitos dias.



Liliana Matos
1 De Junho de 2008

Fiel

Sou fiel a algo que nunca existiu.
Mas por desejá-lo tanto, mantenho-me fiel. Mantenho-me fiel suportada por uma grande esperança. Esperança essa que por vezes é assombrada com a certeza que nunca vai acontecer.
Mas porque és especial… mantenho-me fiel.


Liliana Matos
18 de Maio de 2008

Simplicidade

Vejo os cumes das árvores serem banhados pelos últimos raios de sol, agitando os seus ramos como que a lhe dizer um “até já”, “até amanhã”. Sugam até à última partícula todo esse calor e luz emanados. Depois descansam.
Enquanto isso, “ela” dorme no meu regaço. Dorme tranquila, com toda a simplicidade que a sua condição lhe permite. Dorme numa paz invejável, numa paz intocável. Nem as leves carícias a despertam. Pelo contrário, fazem com que se aconchegue, se enrole. Movendo-se lentamente, no seu sono profundo.
Assim, tudo parece tão simples. Olho para “ela” e percebo a simplicidade em que vive… a simplicidade que invejo.

Que continues sempre aqui,
ao meu lado,
“minha pequena companheira”


Liliana Matos
17 De Maio de 2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Início do II

Amanhã começa o II.
Ainda me lembro tão bem do I, de cada pormenor, de cada instante.
Estou muito mais apreensiva agora. Talvez por pensar que esperam e espero muito mais de mim. Agora já não vou “às escuras”.
Claro que a dinâmica é diferente, que a maneira de estar também se altera, mas há posturas e modos de ser que nunca mais me deverão abandonar. Portanto, sinto-me um pouco mais ansiosa. Sinto um “não sei quê” que da primeira vez não senti.
Tento encarar este “não sei quê” como algo positivo, uma reacção do meu ser à necessidade de fazer melhor que o anterior, de me superar.
Não vale a pena pensar que este sentimento é negativo.
Tem que correr tudo bem. Melhor, vai correr tudo bem.
Daqui a dois meses farei o balanço deste II.


Enfermagem é vida…



Liliana Matos
4 de Maio de 2008

Yô-Yô Interno

Gosto de escrever, mas quando pego na caneta só escrevo coisas tristes, sofridas, magoadas. Parece um choro contínuo. Gostava de saber escrever coisas mais bonitas, mais alegres.
Além disso, acho que já se esgotaram os temas, pois escrevo sempre acerca do mesmo. Já não se encontra novidade nas minhas linhas. Provavelmente chegou ao fim, terminou…
Continuo sem saber nada acerca de tudo.
Ontem, enquanto falava com alguém, desabafei que continuava a sentir-me uma adolescente com aquela instabilidade interior tão característica. O que é certo, é que com os meus 20 anos também não sou adulta. Acho que é difícil definir em que patamar me encontro. Mas a falta de definição em si não me faz espécie, pois pouco me importa se ainda sou considerada adolescente ou se ainda não posso ser adulta. O problema é aquilo que sinto. Aquele meu yô-yô interno. Esse é que me incomoda.
É esse que me coloca em frente a uma folha e com uma caneta na mão.
Nem sei se lhe agradeça ou não…



Liliana Matos
29 de Abril de 2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

Porque por vezes há momentos assim... :)




O diálogo que se segue é verídico.


E dizem que começou assim...


Lila: Sabes que até me faz algum prurido ( olha só a cientificidade desta sms) saber que não vou ficar com o pessoal com quem estagiei pela primeira vez. Se continuassemos juntos já estávamos habituados. Mas claro que percebo as vantagens de ir rodando...


Elisa "Estrelinha": Ai não?! Então não é ao calhas pelo pc?


Lila: Pois, por ser ao calhas é que se calhar há menos probabilidade de voltarmos a ficar juntos... digo eu!


Elisa "Estrelinha": Ah... Mas há sempre uma restia de esperança :D Eu no outro dia estive a pensar nisso também. Queria voltar a ficar contigo...


Lila: Eu também :)


Elisa "Estrelinha": :D Então vamos pôr vírus no pc xD


Lila: LOOL Bem, só tu para me fazeres rir tão audivelmente a esta hora, no silêncio do meu quarto ihih :p


Elisa "Estrelinnha": xD é a hora de aparvalhar... hehe


Lila: Sem dúvida... aparvalhar é que está a dar :p belo dia esse em que criámos a Associação de Pais, Amigos, Familiares e Outros Entes queridos dos que sofrem desta maleita do aparvalhamento :)


Elisa "Estrelinha": "Bota" maleita nisso, diacho :D Ligados por toda uma essência que é o acto de aparvalhar, passa de geração em geração, mas não atinge todos da mesma maneira...


Lila: LOOL :D Isso é para escrever logo abaixo do slogan (Aparvalhar é que está a dar). Assim em letra mais miudinha, em jeito de efeitos secundários hehe


Elisa "Estrelinha": E a etiologia?


Lila: Epa :) Boa pergunta... Tempo prolongado de aleitamento (só para rimar com aparvalhamento) durante o primeiro ano de vida... Mas diz mais, pode ter muitas causas, dado que se trata de uma maleita complexa. Digna de um Prémio Nobel da Enfermagem (é favor criar este) para quem a descobriu: NÓS :D


Elisa "Estrelinha": Mamámos muito, agora somos aparvalhadas. É de pequenino que se aparvalha o pepino xD


Lila: Ai Elisa... Eu já rebolo de tanto rir. Bem, esta conversa não pode ficar limitada só a nós. Vamos difundi-la. Vou recrea-la no meu blog... Vai rebentar com o estilo lamechas dos meus textos :) vai ficar excelente (ou não). Tratarei disso em breve, se não te opuseres.


Elisa "Estrelinha": LOOL ai que animação. E eu amanhã perco logo essa animação :\ Apoio totalmente. Vamos conquistar mundos e submundos :D


Lila: Qual quê?! Não vais perder nada. Isto é o início de um grande dia para ti. Com muitas alegrias ;)


Elisa "Estrelinha": :(


Lila: Mau!! O meu aparvalhometro verificou um decréscimo muito acentuado nos níveis atmosféricos e sanguíneos de aparvalhamento :p
Epa, isto é o pretexto para criarmos o tratamento! Ora diz lá.


Elisa "Estrelinha": Tratamento será então combater esses decréscimos. Mas com quê? Pensamentos positivos E.V. (endovenosos), chocolates per'os, pastilhas Aparv per'os :D


Lila: Excelente :D ninguém bate esta associação... epa, é que oferece logo tudo. É toda uma panóplia de informação acerca da dita maleita. Já vejo os sorrisos aparvalhados em todos os outdoors deste país.


Elisa "Estrelinha": LOOL ai, tu és demais :) e também como medida profilactica de infecções, surtos de gripe, acne e unhas encravadas. E também oferece tratamento conservador para os nossos doentinhos.


Lila: É isso aí :D vai ser o melhor post da infeliz vida do meu blog :p está demais.


Elisa "Estrelinha": Infeliz vida? na, na... é uma vida muito feliz a do teu blog. E com o aparvalhar ainda vai melhorar :D


Lila: Pois vai... opa, acho que vou aparvalhar, mas no modo offline - dormindo :p


E pronto... por esta altura já eram para aí umas 2h30.

É momentos como este que fazem falta na vida.

Ter a capacidade de rirmos juntos... Com os nossos Amigos.


Obrigada "Estrelinha"


:)


Liliana Matos

21 de Abril de 2008






segunda-feira, 7 de abril de 2008

Abri a janela...

O negro da noite chamou-me. Todos os dias ouço a sua voz a convidar-me para olhar o céu, para ouvir a sua música, para sentir o seu cheiro. Estou à janela e sinto ainda um frio na cara típico de uma tímida primavera que há pouco começou.

Inspiro. Inspiro daquela maneira especial que faço todas as noites. Inspiro tentando encontrar, no agradável e inconfundível odor que entra em mim, a lembrança de outras vezes em que também inspirei à janela desta mesma forma, com esta mesma intensidade.

Inspiro e revejo "aquele ano" tão querido, mas infelizmente já ido. Inspiro e sinto as lágrimas, por momentos, a invadir os meus olhos. "Aquele ano" faz-me ficar assim. Mas já terminou. Já o vivi. NÃO QUERO pensar mais nele. NÃO POSSO pensar mais nele. Mas aquele inspirar fê-lo voltar ao meu pensamento.

Já não vejo o céu, nem sinto a brisa fria no rosto, nem tão pouco ouço o cantar da escuridão ou sinto o seu cheiro.

Fechei a janela.

Liliana Matos

quarta-feira, 19 de março de 2008

"Asas(Humanas)"

(porque estava a ouvir “Asas(eléctricas)”- GNR )

Voar pelo Mundo. Nessa esfera rodopiante.
Voar bem alto…para o infinito. É necessário!
Cortar todos os laços, as amarras e partir.
Voar sem rumo ou rota. Voar para o vazio.
É necessário ser capaz de quebrar tudo até então e recomeçar.
Custa! Bem sei que custa! O Homem tende a acomodar-se como um passarinho no ninho: apenas se move ou dá sinais de vida quando o seu instinto de sobrevivência é “tocado” de alguma maneira.
Era tão mais simples sermos eternamente como o passarinho…era tão menos penoso.
Mas como ao passarinho, também foram dadas ao Homem asas para voar. Não daquelas que funcionam com as leis da física ou da aerodinâmica, mas sim com as leis da razão e, acima de tudo, com as leis do coração. As leis de um coração honesto, terno, quente, acolhedor, prestável, cuidadoso, ponderado, amigo e eternamente humano.
Voar sem medo, aproveitando esse tão agradável sossego da alma. Mas voar também com medo. Arriscar o voo mesmo tendo o ponteiro do combustível a tremer, a falhar, a atingir o derradeiro limite.
Voem com medo, pois só há duas resoluções possíveis: chegar ao destino ou cair.
A primeira é a ideal. Aquela onde nos encontramos e onde deixamos que nos encontrem. Mas se for a segunda a reinar sabemos que chegou o fim. Um fim com retorno incerto e improvável, quase de certeza impossível.
Quiçá, noutro Mundo, com uma outra forma (que tal um cubo?), seja possível ultrapassar a “tal segunda” e regressar da queda…

Liliana Matos

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A vocês

À Ana, por todos os segundos em que me ouviste com atenção, por todos os abraços deliciosos…

À Margarida, por todos os sorrisos que me destes, por todos os sorrisos que fizeste eu “soltar”…

Ao Hugo, pelas longuíssimas horas de conversa, por todo o carinho sem fim, por toda a esperança, todo o ânimo, toda a força, por toda a confiança, por seres quem és…

Ao Luís, por esse sorriso lindo, pelo apoio, pelo sentimento que fizeste nascer em mim, por todas as horas em que sorri por ti, por todas as horas em que chorei por ti, por todos os momentos em que pensei em ti, pela vontade de estar junto de ti, pelos abraços, pelo beijo…

Ao Nuno, pelos mais díspares sentimentos que a tua existência provocou na minha, tenham sido eles magníficos ou menos bons...

Cada um seguiu as suas vidas.
Vidas essas que agora são cada vez mais paralelas, ou seja, vivem nas imediações das outras, mas nunca se cruzam. Estou a ser radical, pois ainda vai havendo alguns pontos em que convergem.
Embora tudo tenha mudado em relação ao passado, é inegável a sua influência na minha vida. Mas mais do que a influência, destaca-se a sua importância, o seu valor.
Estas cinco pessoas fizeram-me feliz.
Faltam-me as palavras para vos demonstrar o enorme carinho que sinto por vós.
Queria-vos a todos, sempre junto a mim.
Obrigada por tudo quanto me deram, me ensinaram. Por tudo, sem excepções… o bom e o mau.


Liliana Matos
15 de Fevereiro de 2008

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Sentada

Sentada...
A luz bate em mim e aquece-me. Sinto o cheiro. Parece o cheiro do "meu verão", mas ainda só estamos em Fevereiro. Ainda tudo é tão curto, tão pequeno, tão simplicidade. Ainda lhe falta a complexidade e longevidade tão características dessa minha própria estação.
Mas gosto muito de todo este iniciar, de todo este despertar que me envolve, ficando eu embebida nesta lentidão e tranquilidade tão saborosas.
Estou comigo própria, acompanhada por mim, a falar comigo. Gosto disso. "Louca", diriam os outros se soubessem.
Hoje quebro quase todas as "minhas normas de escrita": escrevo a azul, e não a preto; não uso uma folha sem linhas (e quiçá ultrapassarei uma página como meu limite); é de dia e não de noite, a tal escuridão, local de perfeito encontro de almas; não estou a ouvir música alguma (bem, só o chilrear dos pássaros); e não estou sozinha, pois estou acompanhada por mim, na minha companhia.
Estou assim, a descançar no meu mundo. A vive-lo lentamente.
Estou...
Sentada.
Liliana Matos

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008


"Olhar além de nós, olhar dentro de nós, não importa"

Dois seres...duas realidades... a mesma vontade...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Hoje fui invadida pelo monstro do consumismo.
Eu nem sei como foi possível :)
Logo eu que não gosto de fazer compras. Mas "aquilo" parecia que nunca mais acabava na carteira.
Olhei para os sacos e pensei: "Isto hoje está esquesito".
Nem me reconhecia :)
As coisas pareciam que nasciam como cogumelos à minha frente e eu ia gostando.
Enfim...
Não tinha mais nada de especial para escrever.
Mas senti-me uma consumista nata, perdida naquela catedral de consumismo(li isto em algum lado, não é da minha autoria).

Até sempre


Liliana Matos

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Quero

Quero estar perto.
Quero estar junto.
Quero estar.
Quero, mas não é possível.
“Imaginar”…talvez.
É difícil essa tarefa.
Mas quero e isso é o mais importante.
Mil emoções num só gesto, numa só palavra.
É bom sentir-me assim.


Liliana Matos
1 de Fevereiro de 2008

sábado, 5 de janeiro de 2008

Os primeiros de 2008

Os dias deste pequenote 2008, que agora está a crescer, estão a correr bem. Sinto-me bem. E sinto-me bem porque “estou de bem” comigo. Não ando em guerra comigo. E não ando em guerra comigo porque não me sinto pressionada (por mim ou pelos outros). E não me sinto pressionada porque estou a fazer algo que gosto, que me liberta, que me permite comunicar (falar como uma tagarela), estar com as pessoas. Sinto-me (quase) livre.
Afirmo que sofri por um (ou talvez muitos) qualquer passado, mas agora vejo que esse passado também teve um lado bom (é claro que teve! Eu é que não era capaz de o ver). Tenho recebido “frutos” em memória desse tal passado, do presente e do futuro que espero ainda viver. Os frutos daquilo que fui partilhando, recebendo, construindo, enfim, daquilo que fui vivendo.
É tão bom recordar… é tão bom recordar sem que o coração grite de dor.
Assim vale a pena, ou melhor, vale ainda mais a pena.
Disseram-me que o modo como escrevo é um pouco lamechas. Acredito que sim. Mas também não me importo que seja lamechas. Eu escrevo o que sinto, e se isso é lamechas que o seja.
Sou eu, Liliana Matos, e ponto final.


Liliana Matos
5 de Janeiro de 2008



terça-feira, 1 de janeiro de 2008

A vida viaja por trilhos que, por vezes, não escolhemos... podem ser bons ou maus...mas agora, é caso para dizer:
"É a primeira vez que estou a gostar de um equívoco..."
BOM ANO!!!